Naquele belo dia de sol, nada previa a tragédia que se avizinhava. Já passava da hora quando o Leonardo chegou.
- Boa tarde. - Saudou, sem grandes indícios de simpatia. Era o seu primeiro dia de trabalho no estábulo da Quinta do senhor João e ainda não conhecia ninguém. Quando me viu, acenou-me e eu apressei-me a pô-lo à vontade.
- Está tudo bem? - Perguntei.
- Sim, obrigado. - Respondeu ele. - Já viste o patrão, hoje?
- Ainda não chegou.
- Hum...obrigado, então. - Agradeceu o Leonardo, dando meia volta em direcção ao estábulo.
Perto dos cavalos, parecia outro. Sorria sozinho e, quem não o conhecia, até cometia o erro de dizer que ele é simpático. O Leonardo não tinha lido o regulamento da Quinta, por isso, contra as regras, montou o Flecha, o cavalo mais rápido que tínhamos.
- Eh, cuidado com esse! - Avisou o Alfredo, sem efeito.
O Leonardo perdeu o controlo do Flecha e, quando demos por ele, estava a sangrar no chão.
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